A definição científica de fome é aquela sensação da necessidade urgente de comida. A fome resulta de uma série de estímulos que são mecânicos (como o estômago vazio) e hormonais (por exemplo, como o aumento de um hormônio chamado Ghrelina.
Já o desejo de comer está diretamente associado com os mecanismos de recompensa cerebrais que já estão consolidados. Um bom exemplo é o dos chocólatras, que ao ingerirem chocolate tem ativados os centros de recompensa cerebrais que estão relacionados ao prazer. Existe também um mecanismo cerebral que é mediado pelo neurotransmissor dopamina, responsável juntamente pelo processo de vontade de comer ou antecipação do desejo.
O grande problema do desejo de comer, é que muitas vezes este comportamento leva à ingestão de excesso de calorias, e finalmente ao ganho de peso. A vontade de comer doces em horários diversos do dia muitas vezes aumenta muito a quantidade de calorias ingeridas. E o aumento de peso/obesidade tem consequências à saúde como aumentar o risco de diabetes, pressão alta, elevação dos níveis de colesterol.
E tem jeito para controlar? A receita é simples, mas muitas vezes difícil de ser seguida. O primeiro passo é a mudança dos hábitos alimentares: trocar carboidratos simples pelos complexos – farinhas brancas por integrais, pão branco por integral, restringir o consumo de açúcar refinado. Além disso o consumo de fibras de outras fontes, como verduras e legumes. É importante também além da reeducação alimentar, que seja realizada uma consulta com o endocrinologista para identificar os hábitos alimentares, pois existem alguns medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento de padrões de alimentação.
E você? Tem mais fome ou mais vontade de comer?