refrigerantePerguntamos semana passada o que você mais gosta de comer. E um dos alimentos lembrados foi o refrigerante. E ai? Será que pode?

Bom, aqui precisamos ir por partes…

No nosso cérebro existem áreas específicas que controlam a fome e o apetite. Estas áreas recebem informações sobre os alimentos que ingerimos (cheiro, sabor, apelo visual) e também informações do nosso corpo como gasto de energia, quantidade de sono e atividade muscular. Nessa áreas há o processando de todas estas informações e o resultado é o controle da quantidade de comida que ingerimos.

As pesquisas têm mostrado que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico estimula diretamente essas áreas no cérebro fazendo com que aconteça um aumento da fome nas horas seguintes que estes alimentos são ingeridos. O alimento rico em carboidratos oferece sensação de bem-estar porém leva a um aumento de fome nas horas seguintes.

Os alimentos de alto índice glicêmico, rico em carboidratos, são aqueles que apresentam um alto conteúdo de carboidratos simples. Os exemplos mais comuns são: pães brancos, farinha de trigo, arroz branco e os também os refrigerantes normais.

O consumo de refrigerantes normais ocasiona vários problemas: o primeiro deles é um aumento muito grande e rápido dos níveis de glicose no sangue após ser ingerido, que leva ao aumento da insulina e do risco de diabetes. Um outro dado importante sobre o refrigerante normal é que seu valor calórico é muito alto: cada 100 ml fornecem cerca de 40 kcal, o que quer dizer que um copo de 300 ml fornece calorias iguais a um pãozinho francês.

Então a solução é o refrigerante zero? Também não é…

O ato de trocar os refrigerantes normais por refrigerantes zero ou diet tem sido considerado uma solução para que a pessoa mantenha o peso e ainda continue sentindo o sabor do refrigerante.

No entanto existem evidências nas pesquisas de que aquelas pessoas que trocaram as bebidas normais pelas diet não regularizaram os níveis de glicose no sangue, diferente daquelas que substituíram o refrigerante normal por água.

Isso acontece porque as bebidas artificialmente adoçadas interferem nas respostas normais do organismo. Apesar de menos calorias significarem menor ganho de peso, o consumo constante de bebidas artificialmente adoçadas confunde a habilidade natural do organismo de controlar o consumo de calorias baseado no sabor doce. O corpo regula a fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu valor calórico. Quando a informação do sabor artificialmente adoçado chega ao cérebro, existe uma temporária redução da fome, porém como não é acompanhada de calorias, existe um efeito rebote na sequencia, determinando mais fome.

Se você não consegue ficar sem refrigerante, comece primeiro trocando para o zero. A partir daí, vá reduzindo o consumo lentamente, trocando por água com gás, sem gás ou sucos. Aqui o recado é: cortar os refrigerantes normais e evitar ao máximo os zero ou diet. A construção e manutenção de um corpo saudável é o resultado de nossas escolhas!

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