Os micróbios que habitam a nossa flora intestinal podem ser responsáveis por alterar o comportamento alimentar e causar até compulsões. É natural do nosso corpo humano hospedar – um processo de troca de favores – estas bactérias. Elas vão ajudar na digestão de determinados alimentos que normalmente não conseguiríamos digerir, vão controlar e destruir algumas bactérias causadoras de doenças, e em troca, recebem alimentos que nós ingerimos para sobreviverem.
Agora se sabe que as bactérias que habitam o nosso intestino são altamente manipuladoras. O pesquisador, Dr Carlo Maley, da Universidade da Califórnia, Eua, indica que as bactérias tem uma série de interesses, alguns que vão nos favorecer, outros não. A bactéria Prevotella prefere ambientes ricos em carboidratos, enquanto as Bifidobactérias preferem ambientes com mais fibras. Dessa forma, é possível pensar que a depender do que nos alimentamos, nosso intestino terá mais ou menos bactérias de determinado tipo.
Da forma oposta, se um grupo de bactérias por algum motivo começa a se dividir mais que outros, sinais intestinais são enviados ao cérebro para que as escolhas alimentares sejam feitas em benefício delas – chamado eixo microbioma-intestino-céreb
Além disso algumas bactérias liberam substâncias hormonais que podem influenciar nosso humor. Ou seja, se elas recebem o alimento que preferem, liberam hormônios de bem estar em “agradecimento”, como serotonina e dopamina.
Então, existe jeito de ter uma flora boa? Sim… o uso de prébióticos, probióticos, alguns antibióticos e o transplante de bactérias podem fazer com que a pessoa tenha uma microbiota intestinal mais saudável. Todas estas possibilidades estão em estudo atualmente. No entanto, sabemos que uma alimentação saudável propicia que as bactérias boas proliferem sobre as más. Nós somos o que comemos, até nossas bactérias!
Fonte: http://goo.gl/EVTvlP