10/03/2014

Degludec pode facilitar o controle da doença e melhorar aderência ao tratamento

Para os diabéticos que aplicam insulina, esta pode ser a melhor notícia dos últimos anos: o lançamento da insulina de ultra longa duração, chamada de Degludec. Esse é o nome que foi dado para a nova insulina administrada por injecção subcutânea, que pode ser encontrada à venda por seus nomes comerciais.

Aprovada pela Comissão Europeia de Medicamentos, essa insulina promete revolucionar o tratamento do diabetes. Isso porque sua ação é de cerca de 42 horas e apresenta um perfil de estabilidade no controle da glicose. O resultado é que o paciente poderá aplicá-la uma vez a cada dois dias em média, além de permitir flexibilidade nos horários das aplicações. Para efeitos de comparação: a insulina NPH, que é a mais prescrita hoje no Brasil, muitas vezes requer até três aplicações diárias, sendo que em algumas pessoas é importante que a dose seja monitorada de perto para evitar hipoglicemias.

Outra vantagem da insulina Degludec é o controle da hemoglobina glicada de forma similar ao da insulina Glargina (que é uma insulina de ação longa – aplicada uma vez ao dia) tanto em pacientes com diabetes tipo 1 quanto naqueles com diabetes tipo 2. Outra vantagem é que ela apresenta risco reduzido de episódios de hipoglicemia.

Continuando com as novidades, além de ser comercializada isoladamente, a insulina Degludec também estará disponível de forma combinada com a insulina Aspart. Essa última é uma insulina ultra-rápida, o que permite a aplicação das doses também antes das refeições.

A insulina Degludec estará disponível em canetas para aplicação. Seu prazo de validade é de 30 meses após a data de fabricação e, assim como as outras insulinas, deverá ser conservada na geladeira entre 2°C e 8°C graus quando o frasco está fechado. Após aberta, poderá ser conservada por até oito semanas, sem necessidade de refrigeração se a temperatura ambiente não ultrapassar 30°C.

Um dos maiores problemas enfrentados no tratamento do diabetes é a não aderência ao tratamento, porque as aplicações de insulina são, para a maioria das pessoas, muito desconfortáveis. A possibilidade de reduzir o número de aplicações na semana e garantir um controle mais estável da doença é um sonho que está se tornando realidade.

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