Apesar de ser encara como vilã, ela exerce funções essenciais no organismo

Ela é o carrasco das dietas, e uma das maiores preocupações para quem quer ter o corpo saudável: a temida porcentagem de gordura corporal. Mas, será que ela é tão ruim assim?

A porcentagem de gordura corporal é a quantidade de gordura que temos no nosso corpo, que inclui a gordura “essencial” e a gordura “de estoque” – nossa reserva de energia. Esta gordura essencial é uma parte da gordura que vem da nossa alimentação e tem a função de manter o nosso organismo funcionando de forma equilibrada.

Algumas funções da gordura essencial incluem a formação de membranas das células do nosso corpo (que são estruturas importantes para o funcionamento dos órgãos) e a produção dos chamados hormônios esteroidais, entre eles os hormônios sexuais (testosterona nos homens e estrógenos nas mulheres). Também é junto com a gordura da alimentação que são absorvidas as vitaminas A, D, E e K, vitaminas importantes para a regulação de processos-chave no nosso metabolismo, como controle do cálcio no corpo e da coagulação.

De olho no excesso!

Do outro lado está a gordura de estoque, aquela que é acumulada quando nosso corpo ingere calorias em excesso. Esta gordura fica estocada em células chamadas de adipócitos, e quando requisitada, é usada para gerar energia. Nos últimos anos, muito tem se estudado sobre os danos que o excesso de gordura estocada causa no funcionamento do organismo. Quando acumulada dentro do abdome (entre os órgãos) ou na região subcutânea, os efeitos podem ser diferentes no metabolismo. Sabe-se que, por exemplo, o aumento da gordura abdominal determina aumento do risco de diabetes tipo 2 em adultos.

A porcentagem de gordura saudável vai variar de idade para idade, e inclui a gordura essencial e uma pequena quantidade de gordura de estoque. Assim como para altura e peso, existem tabelas de referência para os valores do percentual de gordura corporal. Nos homens jovens valores entre 15 a 20% são considerados desejáveis. Já entre as mulheres jovens, entre 20 a 25% em média.

O ponto é: reduzir a gordura estocada, pois é ela que irá causar os maiores riscos à saúde – mas sem ir ao extremo de afetar o funcionamento do corpo. Infelizmente não existe fórmula mágica, a redução da gordura estocada vai acontecer com a melhora dos hábitos alimentares, restringindo o consumo de gorduras ruins (gorduras saturadas e trans) aliando a isso a prática de exercícios físicos de forma regular.

Encarando o risco

Para saber seu percentual de gordura corporal existem alguns métodos, como a realização do exame de bioimpedânciometria. É um exame simples, rápido e indolor, que mede os percentuais de gordura e massa muscular, permitindo uma melhor avaliação da composição corporal. Além de saber seu percentual ideal de gordura, é importante uma avaliação médica e nutricional para poder atingir os objetivos de forma correta e sem trazer riscos à saúde e ao equilíbrio do organismo.

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