18/12/2013

Exame mostra a variação da glicemia no sangue nos últimos três meses

Se você perguntar a um endocrinologista qual é o primeiro exame que ele quer saber quando está em consulta com um paciente diabético, pode ter certeza: a resposta será a hemoglobina glicada.

 A hemoglobina glicada, ou hemoglobina glicosilada, é um exame de sangue usado nos pacientes com diabetes para mostrar se a doença está ou não controlada. Ela mede a quantidade de glicose ligada a uma proteína chamada hemoglobina.

 Os valores da hemoglobina glicada são dados em porcentagem. Números mais altos indicam que os níveis de glicose no sangue ficaram altos, mostrando que a doença está sem controle. Além disso, o exame também reflete o controle do diabetes nos últimos três meses, como se fosse um ?filme? contando como as taxas de açúcar no sangue se comportaram em média.

 Mas não é só isso: a hemoglobina glicada também serve para fazer diagnóstico de diabetes em quem não sabe se tem a doença. São considerados valores normais níveis de hemoglobina glicada menores que 5,7%. Níveis entre 5,8% e 6,4% são considerados pré-diabetes. Já níveis acima de 6,5% correspondem ao diagnóstico de diabetes.

 Para quem tem diabetes, níveis de hemoglobina glicada entre 6,5 e 7,0% são considerados bom controle – nossa meta – e níveis acima de 10% são considerados muito altos. Uma hemoglobina glicada de 7% equivale a uma glicemia de 154 mg/dL, e uma de 10% equivale a uma glicemia média de 240  mg/dL.

Todos os pacientes diabéticos devem ter sua hemoglobina glicada dosada regularmente, pois será analisada em conjunto com as medidas de glicemia capilar (controle da ponta de dedo) e da glicemia de jejum. Logo, é um exame que nos dá um panorama do controle do diabetes e ajuda a tomar decisões importantes para o tratamento.

Também sabemos que quanto maior a hemoglobina glicada, maior é o risco de complicações da doença, como retinopatia ou neuropatia. Dessa forma, quando deixamos de acompanhá-la perdemos uma informação essencial sobre como o diabetes se comportou nos últimos meses e também sobre o risco de complicações.

 E você? Sabe qual é a sua taxa?

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